Futuro dos refugiados da Ucrânia: benefícios ameaçados a partir de abril de 2025!
O governo federal planeja pagar benefícios aos requerentes de asilo em vez do subsídio de cidadão para refugiados ucranianos a partir de abril de 2025.

Futuro dos refugiados da Ucrânia: benefícios ameaçados a partir de abril de 2025!
A situação dos refugiados ucranianos na Alemanha está mais uma vez em foco e grandes mudanças estão no ar. A partir de 1 de abril de 2025, o governo federal planeia deixar de tratar os refugiados da Ucrânia separadamente e, em vez disso, conceder-lhes benefícios aos requerentes de asilo. Esta decisão, que foi consagrada num acordo de coligação entre a União e o SPD, vira de cabeça para baixo os regulamentos anteriores. Assim, as prestações dos requerentes de asilo deveriam substituir a prestação de cidadão de 553 euros por mês que tem sido concedida até à data, que seria reduzida para 441 euros, conforme az-online.de relatórios.
Quando se trata de integração de refugiados, os travões estão acionados. O lento acesso ao mercado de trabalho é visto de forma crítica, em parte devido ao montante dos benefícios dos cidadãos. O novo governo liderado pelo Chanceler Friedrich Merz (CDU) aparentemente vê necessidade de acção e gostaria de fazer alterações nos benefícios para os refugiados recém-chegados. Mas ainda não existe um calendário claro ou um projecto de lei para a mudança de jurisdição relativa aos benefícios dos requerentes de asilo. Há também uma falta de coordenação com os estados e municípios necessária para a implementação.
Consequências da mudança de jurisdição planeada
O regulamento proposto poderá ter um impacto significativo nos direitos dos refugiados a prestações, nas ofertas de integração e nas oportunidades de participação. Isto mostra que, sem excepções ou regulamentos transitórios, podem ser esperadas consequências graves nas áreas de acesso ao mercado de trabalho, cuidados de saúde e alojamento. Um exemplo: Na Lei de Benefícios para Requerentes de Asilo (AsylbLG) não há obrigação de participar em medidas de integração, o que poderia tornar a integração profissional significativamente mais difícil. O alojamento em alojamento coletivo está previsto apenas para 18 meses, enquanto os beneficiários dos benefícios dos cidadãos podem viver nos seus próprios apartamentos, conforme relata o MDR.
Existem atualmente cerca de 1,25 milhões de refugiados da Ucrânia registados na Alemanha. Entre Março e Abril de 2025, foram acrescentados cerca de 2.000 novos refugiados. Uma redução retroactiva dos benefícios poderia afectar até 10.000 pessoas, a maioria das quais não conseguem trabalhar. Afinal, a taxa de emprego dos ucranianos é de 33,2 por cento. A questão do seguro de saúde também permanece incerta, uma vez que as condições de enquadramento diferem das prestações dos cidadãos às prestações dos requerentes de asilo. No SGB II, as pessoas elegíveis geralmente têm acesso ao seguro de saúde legal, enquanto o AsylbLG apenas prevê um nível mínimo de cuidados, como basiswissen.asyl.net deixa claro.
Críticas às mudanças
As mudanças planejadas foram alvo de críticas generalizadas. A esquerda no Bundestag vê as medidas como “política simbólica” e planeia opor-se a elas. Os Verdes também descrevem os projectos como contraproducentes em termos de política de integração e questionam o princípio da igualdade. No entanto, o grupo parlamentar da AfD, que saúda a mudança para o AsylbLG, expressa uma opinião completamente diferente, mas insiste que isto também se deve aplicar aos novos participantes. Na discussão política torna-se claro que a questão não afecta apenas os próprios refugiados, mas também tem implicações sociais e económicas de longo alcance.
Resta saber como a situação irá evoluir. A eficácia dos novos regulamentos e a sua implementação efectiva requerem um processo claro e transparente que inclua o maior número possível de pessoas afectadas na integração e, ao mesmo tempo, garanta cuidados de saúde e sociais. Por último, mas não menos importante, isto também será crucial para a aceitação social.