Zona problemática de Gaza: as negociações de cessar-fogo estão estagnadas!
As negociações para um cessar-fogo no conflito de Gaza estão em curso. Israel e o Hamas enfrentam desafios e exigências cruciais.

Zona problemática de Gaza: as negociações de cessar-fogo estão estagnadas!
Não existe uma solução rápida à vista para a crise latente entre Israel e o Hamas. As negociações sobre um possível cessar-fogo, que poderia permitir a troca de dez reféns israelitas por um número indeterminado de prisioneiros palestinianos, estão estagnadas há mais de duas semanas. Ambos os lados acusam-se mutuamente de não estarem dispostos a desviar-se das suas exigências centrais. Israel insiste em desmantelar as capacidades militares e estatais do Hamas, o que é considerado inegociável. Em troca, o Hamas exige garantias firmes de um cessar-fogo permanente, bem como a retirada completa das tropas israelitas e da ajuda humanitária para Gaza. Esta informação foi fornecida, entre outros, por [La Libre].
O que é particularmente explosivo é o facto de Israel ter concordado com a proposta do Qatar e com um plano actualizado do enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, mas o Hamas o ter rejeitado. O porta-voz do governo israelita, David Mencer, deixou claro que o Hamas está a tentar torpedear as negociações. Enquanto isso, os negociadores israelenses permanecem em Doha para avançar nas negociações. Os EUA disseram que Witkoff poderá viajar para a Europa esta semana, antes de possivelmente seguir para o Médio Oriente para prosseguir a diplomacia.
Cessar-fogo e situação humanitária
Os EUA propuseram um cessar-fogo de pelo menos 60 dias que incluiria a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos. No entanto, estas negociações têm lugar no meio de uma situação humanitária dramática em Gaza. De acordo com informações da BFM TV, quase 100 por cento da população está agora ameaçada de fome e os ataques aéreos ceifaram milhares de vidas de civis. Mais de 54.249 palestinos foram mortos em combates desde outubro de 2023, enquanto 1.218 israelenses, a maioria civis, morreram.
De acordo com as últimas propostas do governo dos EUA, o cessar-fogo também estaria aberto à troca de cinco reféns vivos e nove mortos na primeira semana e outra troca na segunda semana. Apesar destas ofertas, Israel ainda não deu uma resposta oficial à proposta dos EUA, enquanto o Hamas deixou claro que estas condições não são suficientes.
Antecedentes políticos
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, compartilhou informações sobre o acordo com as famílias dos reféns e sinalizou aprovação. No entanto, o Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, apelou a uma resposta agressiva ao Hamas caso este rejeite a proposta actual. [Tagesschau](https://www.tagesschau.de/ausland/asien/geisel-deal- Waffenruhe-100.html) relata que as negociações são apoiadas pelo Catar, pelos EUA e pelo Egito e que a situação é caracterizada pela violência que já dura vários anos.
Os combates em curso sublinham a gravidade da situação e as dificuldades na negociação de um acordo de paz. Resta saber se e quando as partes chegarão a uma mesa. Contudo, uma coisa é certa: a necessidade de uma solução está a tornar-se cada vez mais urgente, não apenas para os civis em Gaza, mas para toda a região.