Autoridades de imigração corruptas: pena máxima por suborno em Lüneburg
Um antigo funcionário do serviço de imigração de Lüneburg foi condenado a seis anos e meio de prisão por suborno.

Autoridades de imigração corruptas: pena máxima por suborno em Lüneburg
Em 10 de julho de 2025, o Tribunal Regional de Lüneburg proferiu um veredicto sensacional contra um ex-funcionário da autoridade de imigração em Lüchow-Dannenberg e um cúmplice. Num caso de suborno massivo, tanto o ex-funcionário de 31 anos como o seu co-réu de 32 anos foram condenados a longas penas de prisão. Enquanto o escrivão recebeu seis anos e seis meses, o seu cúmplice, que já cumpre pena de sete anos e meio de prisão, tem de se preparar para um total de nove anos. Como relata a NDR, as ações dos dois parecem particularmente graves porque afetaram a emissão de autorizações de residência e de cidadania.
O juiz presidente apontou a grave violação dos deveres oficiais e oficiais. O ex-funcionário emitiu certificados ilegalmente e ocultou reivindicações, enquanto o seu co-réu organizou os pagamentos e forneceu documentos falsos, como passaportes falsos e autorizações de residência falsas. No total, os dois ganharam cerca de 154 mil euros através das suas ações criminosas, embora a taxa habitual de autorização rondasse os 15 mil euros. O método pelo qual os clientes foram apresentados como refugiados ucranianos foi particularmente pérfido. Isto foi feito para obter autorizações de residência ilegalmente, como o Landeszeitung destaques.
Distribuição de papéis e motivações
O ex-escrivão respondeu em tribunal dizendo que agia por medo e incriminava assim o seu cúmplice. Seu advogado de defesa chegou a questionar se ele era realmente o principal autor. No entanto, é difícil sustentar este argumento, especialmente porque o tribunal apresentou mensagens de WhatsApp e notas sobre os seus rendimentos, o que aumentou ainda mais a sua culpa. O co-réu, porém, confessou e ajudou a esclarecer o caso, ficando claro que nesta constelação o ex-funcionário foi o único que aceitou propina, enquanto o co-réu apenas ajudou.
O tribunal deixou inequivocamente claro que a venda da cidadania constitui um grave abuso de autoridade, que não só coloca as autoridades numa posição negativa, mas também prejudica significativamente a confiança dos cidadãos na integridade dos cargos públicos. A corrupção na administração pública não significa apenas perdas financeiras, mas também tem dimensões intangíveis e mais profundas, como sublinha o BKA: A confiança dos cidadãos no Estado sofre significativamente.
Investigação e veredicto
As investigações contra os dois homens começaram no final de 2022, quando surgiram evidências de práticas ilegais no escritório de imigração. Foi a insatisfação dos requerentes com os atrasos nos processos que primeiro levantou suspeitas. Em maio de 2023, os investigadores finalmente revistaram escritórios e residências para esclarecer alegações de corrupção.
Embora o veredicto ainda não seja definitivo e a defesa planeje recorrer, o veredicto não fica sem impacto na mente dos ex-colegas do ex-funcionário. Expressaram satisfação com a decisão legal e enfatizaram a perda de confiança que esta abordagem deixou na autoridade. Uma indicação clara de que a transparência e a equidade são essenciais na administração pública.