Rheinmetall abre fábrica de munições: empregos e protestos nos aguardam!

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Inauguração da fábrica de munições Rheinmetall em Unterlüß em 27 de agosto de 2025: Empregos, investimentos e conflitos de protesto caracterizam o evento.

Eröffnung der Rheinmetall-Munitionsfabrik in Unterlüß am 27.08.2025: Arbeitsplätze, Investitionen und Protestkonflikte prägen das Ereignis.
Inauguração da fábrica de munições Rheinmetall em Unterlüß em 27 de agosto de 2025: Empregos, investimentos e conflitos de protesto caracterizam o evento.

Rheinmetall abre fábrica de munições: empregos e protestos nos aguardam!

Num passo decisivo para a indústria de armamento, a nova fábrica de munições da empresa de armas Rheinmetall iniciou oficialmente as suas operações em 27 de agosto de 2025 em Unterlüß, no distrito de Celle. A abertura contou com a presença de representantes de alto escalão, incluindo o Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte, e o Ministro Federal Lars Klingbeil (SPD), bem como o Ministro Federal da Defesa, Boris Pistorius (SPD). Isto mostra o quanto a tríade armamentos, política e NATO está a ser intensamente discutida nestes tempos.

A nova unidade deverá produzir 25 mil peças de munições de artilharia calibre 155 mm no primeiro ano de produção, com a intenção de aumentar esse número para até 350 mil peças por ano até 2027. O início da produção de motores de foguete está previsto para ocorrer já em 2026. Isto tem como pano de fundo um enorme compromisso, que se estende a investimentos de cerca de 500 milhões de euros, para lançamento de novas instalações de produção e projetos de modernização.

Protesto e resistência

Simultaneamente à inauguração da fábrica de munições, ocorrem protestos em Colônia sob o lema "Faça o que realmente importa! Desarme Rheinmetall". Um acampamento antimilitarista com cerca de 500 participantes é esperado de 26 a 31 de agosto de 2025, ao pé da torre de televisão Colonius. Os organizadores veem o acampamento como um lugar para educação política e networking. Apesar das preocupações iniciais da polícia com a segurança pública, o campo de protesto foi aprovado por uma decisão do Tribunal Administrativo Superior de Münster, que anulou a proibição total.

Os protestos não são apenas dirigidos contra Rheinmetall, mas também abordam as guerras em curso na Ucrânia, na Síria e no genocídio na Palestina. Neste contexto, a abertura da nova fábrica em Unterlüß parece particularmente explosiva. Os estrangulamentos na produção de armamento causados ​​pela guerra na Ucrânia estabilizaram a indústria de armamento e estão a garantir encomendas crescentes e lucros recordes.

Perspectivas políticas e impactos locais

A comunidade está esperançosa e preocupada. A prefeita do município, Katharina Ebeling (CDU), está otimista quanto à possibilidade de aumentar as receitas fiscais comerciais através do boom do armamento. Esses fundos poderiam ser usados ​​para reformar a piscina e equipar o centro comunitário. O Ministro da Economia da Baixa Saxónia, Tonne, descreveu o trabalho como um “sinal valioso” que é altamente relevante em tempos de incerteza geopolítica.

Num nível político mais amplo, porém, a situação é mais complicada. A guerra na Ucrânia não só garante o crescimento e as encomendas recordes na indústria de defesa, mas também levanta questões éticas e sociais. Os sindicatos e as iniciativas de paz estão presos entre a necessidade de trabalho e a responsabilidade pela paz.

A discussão em curso sobre o papel da indústria de defesa e as novas exigências da sociedade e da política também podem ser um desafio para a Rheinmetall. Para muitas pessoas, o foco não está apenas na perspectiva económica, mas também na responsabilidade moral. Resta, portanto, ver como esta dinâmica se desenvolverá no futuro.