Kiel em perigo: congelamento do orçamento devido ao aumento maciço das despesas!
Kiel enfrenta um défice de até 220 milhões de euros em 2025, levando a um congelamento orçamental. Causas e reações.

Kiel em perigo: congelamento do orçamento devido ao aumento maciço das despesas!
A cidade de Kiel enfrenta sérios desafios financeiros. Em 23 de maio, o presidente da Câmara Ulf Kampf (SPD) puxou o travão de emergência e impôs um congelamento orçamental porque o défice poderia aumentar dos 80 milhões de euros iniciais para até 220 milhões de euros. Estes desenvolvimentos são preocupantes por boas razões. A principal causa deste buraco negro são os custos explosivos de pessoal e de fornecimento, que aumentaram colossais 68 milhões de euros. As crescentes provisões para pensões, que são 56 milhões de euros superiores aos planos originais, foram atingidas de forma particularmente dura, com um erro de software no fundo de equalização de pensões (VAK) também a contribuir para a miséria.
Anke Oeken, dos Verdes de Kiel, afirmou recentemente num comunicado de imprensa que a situação financeira da cidade necessita urgentemente de uma solução. A dramaturgia que rodeia os custos crescentes da assistência social, particularmente no bem-estar das crianças, dos jovens e das famílias, também está a agravar ainda mais a situação. Além disso, o aumento dos encargos com juros está a colocar pressão sobre as finanças públicas, o que está a arrastar a previsão para 2025 para um novo vórtice negativo, já que são esperadas perdas de cerca de 1,5 milhões de euros.
Bloqueio orçamentário e responsabilidade social
Este congelamento orçamental não significa apenas um dilema financeiro para Kiel, mas também um corte nos serviços sociais. A Dra. Christina Schubert, do grupo do conselho do SPD, descreveu a situação como um ponto de viragem na política orçamental e criticou a política estatal. Criticou o facto de as cidades receberem cada vez mais tarefas sem que lhes sejam disponibilizados fundos adequados. “Não podemos permitir cortes nos sectores sociais e educativos”, continuou Schubert.
Particularmente importantes são os custos decorrentes do acolhimento de menores estrangeiros não acompanhados e o aumento das taxas dos lares de idosos. Estes encargos adicionais ascendem a vários milhões de euros. A cidade de Kiel também sentiu infecções na rede financeira municipal: recebeu menos 26,6 milhões de euros da equalização financeira municipal do que inicialmente previsto.
As perspectivas e soluções
A administração municipal está ciente da situação precária e planeia tomar medidas específicas para enfrentar os desafios financeiros. Parece necessário mais do que um momento de atenção às despesas, uma vez que é pouco provável que medidas individuais garantam uma estabilização orçamental sustentável. Uma confusa manta de retalhos de acordos financeiros precisa de ser reconsiderada.
No nível local, há um apelo uniforme por melhores recursos financeiros por parte dos governos estadual e federal. Os presidentes de câmara apelam a que a questão do travão à dívida seja reformada, a fim de permitir que os municípios consigam uma verdadeira reviravolta. Resta saber se tal reforma será realista num futuro próximo. A Associação Alemã de Cidades está preocupada num inquérito rápido: Quase 37 por cento das cidades inquiridas não conseguem apresentar um orçamento equilibrado e 95 por cento classificam a sua situação orçamental nos próximos cinco anos como má ou muito má.
A pressão sobre os municípios para se financiarem a partir dos seus próprios recursos, ao mesmo tempo que crescem as despesas em tarefas sociais, é imensa. O novo governo federal apela urgentemente a medidas para estabilizar as finanças locais. Resta-nos esperar que o rumo político mude em breve de direcção e que seja encontrada uma solução que possa beneficiar a cidade de Kiel e os seus cidadãos a longo prazo.