O presidente parlamentar de Hamburgo, Veit, deixa Israel em meio ao caos da guerra

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A Presidente do Parlamento de Hamburgo, Carola Veit, descreve os perigos dos actuais conflitos no Médio Oriente durante a sua viagem de regresso de Israel.

Hamburgs Parlamentspräsidentin Carola Veit beschreibt die Gefahren aktueller Konflikte in Nahost während ihrer Rückreise aus Israel.
A Presidente do Parlamento de Hamburgo, Carola Veit, descreve os perigos dos actuais conflitos no Médio Oriente durante a sua viagem de regresso de Israel.

O presidente parlamentar de Hamburgo, Veit, deixa Israel em meio ao caos da guerra

As tensões no Médio Oriente atingiram um novo nível de escalada, o que também levou a uma aventura inesperada para a presidente parlamentar de Hamburgo, Carola Veit (SPD). Depois de ficar presa em Tel Aviv devido a ataques militares, ela encontrou uma carona para a Jordânia depois de três noites. De lá ela planeja viajar de volta para Hamburgo, provavelmente via Arábia Saudita. O espaço aéreo israelense foi fechado desde o início das hostilidades, complicando ainda mais a situação. O seu voo de regresso, inicialmente previsto para sexta-feira, foi impossibilitado pela situação tensa, que ela deixou claro em entrevista à NDR: “As pessoas aqui estão surpreendidas com a situação actual”. NDR

O contexto destes conflitos militares é complexo. Israel lançou ataques ao Irão na noite de sexta-feira, que são vistos como uma resposta ao que considera uma ameaça existencial. Os políticos israelitas vêem o Irão como a ameaça máxima e atribuem a essa nação um papel nos ataques de organizações por procuração, como o Hezbollah e o Hamas. Estes grupos foram militarmente equipados com o apoio iraniano nos últimos anos e actuam activamente contra Israel. Tagesschau

Um conflito perigoso

A situação em Israel é alarmante. Foi lançado um grande ataque às instalações nucleares iranianas, que o presidente israelita, Izchak Herzog, justificou com a necessidade de proteger o povo judeu. Informações de inteligência mostram que o Irão está a operar um programa nuclear secreto, agravando ainda mais as tensões. “O Irão é considerado uma grande ameaça para Israel, especialmente se for capaz de desenvolver armas nucleares”, explica um especialista militar. Isto é apoiado por relatórios de que o urânio iraniano já apresenta uma pureza de 60 por cento. ZDF

Enquanto Carola Veit esteve em Israel para trocar ideias com diversas instituições políticas e culturais, ela também conheceu o memorial do Holocausto Yad Vashem e o parlamento israelense, o Knesset. Ela descreve a situação como “altamente perigosa” e manifesta preocupação sobre o impacto na arquitectura de segurança da região. As lojas e escolas em Israel estão severamente restringidas e a vida pública está quase paralisada.

A dimensão internacional

As reacções internacionais às acções militares de Israel são mistas. O presidente dos EUA, Donald Trump, pretende negociar um novo acordo nuclear com o Irão, enquanto o governo israelita prefere soluções militares. Actualmente, a discussão sobre uma conferência sobre a criação de um Estado palestiniano foi adiada, pelo menos até novo aviso. As tensões poderão ter repercussões regionais que poderão também afectar o Iraque e outros países vizinhos.

“Estamos num ponto crítico”, diz Veit. “Isto deixa claro quão frágil é a situação de segurança nesta região – e quão rapidamente pode ficar fora de controlo.” Os receios de que a milícia Houthi do Iémen e o Hezbollah do Líbano possam intervir no conflito estão a aumentar as preocupações sobre uma escalada mais ampla no Médio Oriente.

Veit vê, portanto, como sua responsabilidade apontar a situação de pressão e apela à prudência na comunidade internacional para evitar que algo pior aconteça.