Professor universitário em Göttingen: Tribunal corta salário por causa de assédio!
Um professor universitário de Göttingen foi processado por anos de assédio sexual contra mulheres e recebeu agora uma redução salarial.

Professor universitário em Göttingen: Tribunal corta salário por causa de assédio!
Nas últimas semanas, o caso de um professor universitário de Göttingen causou polêmica quando se soube que ele havia assediado sexualmente várias mulheres ao longo dos anos. Como Spiegel.de Segundo relatos, o professor foi condenado por um tribunal que agora reduziu significativamente seu salário. Uma circunstância que causa opiniões divididas tanto dentro da comunidade universitária como muito além dela.
Os detalhes deste caso são chocantes. O assédio durou vários anos e as mulheres afetadas muitas vezes não conseguiam apresentar queixas devido à sua dependência do professor. Outro aspecto que se tornou público é a fraca resposta da universidade a tais ataques, o que colocou muita pressão sobre as vítimas.
Universidades e como lidar com má conduta
Este incidente não é único. Problemas semelhantes também podem ser observados noutras universidades, como a Universidade de Basileia, onde dois professores foram manchetes entre 2018 e 2019 por assediarem sexualmente estudantes do sexo feminino. Nestes casos, as mulheres em causa apresentaram queixas que levaram à advertência dos professores, mas não tiveram consequências criminais porque o assédio sexual é considerado crime de queixa. Os professores ainda hoje trabalham na universidade, o que faz as pessoas balançarem a cabeça e levanta a questão da seriedade das instituições na proteção dos estudantes. Também aqui é claro que houve um longo período de silêncio entre as mulheres afectadas, muitas vezes por medo da repressão ou da perda das suas carreiras académicas.
Um grupo de activistas autónomos de esquerda de Basileia, a Aliança Revolucionária Antipatriarcal de Basileia (RAB), denunciou publicamente os professores como parte dos seus protestos contra este assédio. No entanto, a ação levou à retirada imediata dos cartazes pela universidade, que também estuda ação judicial por danos materiais. Os críticos argumentam que este é um exemplo da alegada protecção dos perpetradores e apelam veementemente a uma repensação nas universidades.
Saúde da vítima e responsabilidade social
Alguns dos estudantes afetados, como uma mulher chamada Petra F. (nome alterado), foram forçados a abandonar os estudos de doutoramento devido ao trauma que sofreram. Isto esclarece os efeitos prejudiciais do abuso de poder nas estruturas académicas. As universidades devem tomar medidas urgentes para oferecer às pessoas afetadas um ambiente seguro e para abordar claramente as queixas.
A discussão sobre o assédio sexual entre professores universitários é mais urgente do que nunca. Os incidentes em Göttingen e Basileia são apenas dois exemplos num grande número de casos que apontam para uma injustiça sistemática. As universidades são chamadas a finalmente agir e traçar consequências claras para o comportamento inadequado, a fim de proporcionar uma oportunidade real de mudança.
O cenário acadêmico mudará no futuro? A pressão sobre as universidades está a crescer e resta saber como irão responder às exigências legítimas dos activistas e das mulheres afectadas. A influência desta questão vai muito além dos muros acadêmicos e cria um espaço para debates sociais necessários.